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Autor(a): Medeiros, Luciana de Castro
A degradação ambiental é um problema global intensificado pelo uso e ocupação do solo, sem adoção de critérios técnicos, que além de promover a perda de funções e serviços ecossistêmicos essenciais à sobrevivência humana, aumenta a vulnerabilidade da região. Os efeitos da substituição da vegetação nativa por usos antrópicos, principalmente em zonas ripárias, são mais agravantes em regiões semiáridas tropicais, em decorrência das suas características naturais que a tornam susceptível à degradação. Nessas regiões é menos perceptível a distinção entre a vulnerabilidade condicionada por fatores naturais, daquela ocasionada por fatores antrópicos. Então, o objetivo desta pesquisa foi mapear e avaliar as alterações na vulnerabilidade natural e nos atributos físicos e químicos do solo promovidas pelo uso e ocupação na Unidade de Planejamento Hidrológico, onde encontra-se inserido o reservatório Armando Ribeiro Gonçalves. A avaliação espacial dos graus de vulnerabilidade foi obtida a partir da análise integrada de aspectos físicos e ambientais, utilizando geoprocessamento. E a degradação do solo foi avaliada por meio da análise comparativa dos atributos físicos e químicos do solo sob diferentes usos, tendo como referência um solo sob vegetação nativa. Os resultados deste trabalho indicam que o uso antrópico promove aumento da vulnerabilidade natural e a degradação do solo. Essa problemática pode ser mais agravada caso haja a intensificação de atividades antrópicas sem a compatibilização dos usos suportados e manejo adequado das atividades. O solo apresentou-se como um dos principais responsáveis pela alta vulnerabilidade natural e ambiental da região, devendo sua qualidade ser mantida para evitar a degradação dos sistemas terrestres e aquáticos. Por isso, essa temática deve ser levada em consideração nas decisões políticas e ambientais, para que regiões ambientalmente vulneráveis sejam efetivamente protegidas.